terça-feira, 29 de março de 2011

árvore-do-pão

Artocarpus altilis.jpgArtocarpus incisa, árvore-do-pão ou fruta-pão - é uma árvore frutífera, aparentada com a Jaca (Artocarpus heterophyllus).
Planta originária da Indomalásia (Java ou Samatra) ou da Malásia; seu fruto é base alimentar para povos ilhéus da Polinésia (Oceano Pacífico). Seus frutos são conhecidos pelo elevado valor nutricional e versatilidade culinária, sendo a base alimentar de alguns povos polinésios. As frutas-pão dividem-se em duas variedades: a apyrena conhecida por fruta-pão de massa, que não possui sementes e a seminífera, conhecida por fruta-pão de caroço, que apresenta numerosas sementes comestíveis e polpa não comestível.
A fruta-pão também é uma árvore ornamental, de grande porte, e crescimento rápido, podendo alcançar 20 metros de altura. Longeva, vive cerca de 80 anos. Sua folhas são muito bonitas, grandes, perenes e profundamente lobadas. Se for machucada, ela exsuda um látex leitoso que tem aplicações artesanais, para calafetação e como cola. A fruta-pão é uma planta monóica, isto é, com os dois sexos na mesma planta e flores separadas, masculinas e femininas. A polinização é cruzada, mas a frutificação não depende da polinização.
O frutos são grandes, redondos como melões e chegam a pesar 3 kg. Sua casca é de cor verde-amarelada e sua polpa é amarelo-escura nas frutas de massa e amarronzada na variedade com sementes. As frutas de massa são ricas em amido, proteínas e vitaminas e podem ser consumidas cozidas, assadas, em doces ou até mesmo fritas. Também podem ser transformadas em farinha [1] e utilizadas em panificação e confeitaria. As sementes também são comestíveis e podem ser preparadas como outras castanhas, assadas ou cozidas.
Deve ser cultivada sob sol pleno em solo fértil, profundo, drenável e irrigado periodicamente. A fruta-pão é uma árvore de clima tropical úmido e adapta-se bem ao litoral. Não é tolerante a locais demasiadamente secos ou frios. A frutificação inicia-se após 3 a 5 anos de implantação. A variedade que não produz sementes multiplica-se por estaquia de raízes. A variedade que produz sementes multiplica-se por sementes.
Foi trazida na colonização para o Brasil, mas quando o império português chegou, foi banida por ordem do imperador e quase dizimada completamente.

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[editar] Usos

A polpa do fruta-pão de massa é rica em calorias, carboidratos, água, vitaminas B1, B2 e C, cálcio, fósforo, ferro e tem baixo teor de gorduras. Industrialmente a polpa foi aproveitada como fruta seca e farinha panificável além de fonte para extração do amido e de farinha granulada semelhante ao sagu. Em uso caseiro a polpa - quase madura - pode ser cozida, assada, transformada em purê ou cortada em fatias consumidas fritas (como a batatinha) com manteiga, mel ou melaço. Cortada em fatias (de 50-10 mm de espessura) secas ao sol ou em fornos a polpa é usada para o preparo de raspas ou crueiras ou aparas e para o preparo de farinhas que, misturadas à farinha de trigo, podem compor o pão caseiro. Madura, a polpa é aproveitada na fabricação de doces.
As sementes do fruta-pão de caroço podem ser consumidas assadas, torradas, ou fervidas em água e sal; outrossim possibilitam a extração de farinha alimentícia bastante nutritiva. Em alguns estados brasileiros as sementes são usadas em substituição ao feijão para preparar guisados e ensopados. As sementes são consumidas, facilmente, pelo gado em geral.
O gado consome facilmente as folhas e muitas vezes a casca do tronco de plantas jovens. Ramos novos macerados liberam fibras empregadas na fabricação de cordas e esteiras.
A madeira, de cerne amarelado que passa a castanho após cortada, é resistente a insetos, é fácil de trabalhar, é utilizada na fabricação de forros, portas, instrumentos musicais e marcenaria; também produz carvão utilizável no preparo da pólvora.
O látex - do fruto e do tronco - por viscosidade, é utilizado para capturar pássaros, para fabricação de colas e em associação com fibras, usado para calefetar barcos.
A farmacopéia popular tem utilizado das seguintes formas:

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